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segunda-feira, 18 de março de 2013

MAESTRO JACOB SCHILITLER

ARARAS O SEU PRIMITIVISMO MUSICAL - Maestro Jacob Schilitler, fundador da 1ª Banda de Música de Araras - 1888


A primeira Banda de Música de Araras data do tempo do Império - 1888. 

O naipe era formado por nove músicos, autênticos maestros.

Na foto, da esquerda para a direita: (sentados) Adão da Luz, Jacob Riffer, Euclides Viterbo, Frederico França; (de pé) Francisco Delphino, Henrique Schilittler, Jacob Schilittler, Sebastião de Freitas e Arthur Viterbo.

(Foto extraída do livro "Retratos de Araras Antiga" autoria de Nelson Martins de Almeida, 1953)

No dia 25 de maio de 1958, com a avançada idade de 84 anos, falece em Araras o consagrada maestro Jacob Schilittler, fundador da primeira banca musical de Araras. Casado com a sra. Umbelina da Rocha Schlitler, deixa a filha adotiva Lucia Dalmazzi, casada com Romeu Dalmazzi.

Compositor, autor de várias peças musicais. Entre elas destaca-se "Rosa do Adro". À marcha fúnebre, também de sua autoria, dá o nome de "Saudade". Antes de falecer pediu que essa música fosse executada a beira de seu túmulo.

Aos 23 de outubro de 1957, falece em Araras, aos 96 anos de idade, a veneranda sra. Catarina Schlitler da Cunha, vi´´uva do sr. Antonio Álvares da Cunha, uma das mais antigas moradoras da cidade. Era irmã do maestro Jacob Schlitler, de Maria S.Pontes, Bárbara Schlitler Xavier, Henrique Schlitler. Deixa filhos: Geny, casada com Gastão Strang, Esmerina, viúva do ex-prefeito de Araras Antonio Alfredo Mathiesen, Tudinha, casada com Roque Chaves, Aparecida, casada com Jader Andrade e Marina Schlitler Cunha. Deixa 13 netos e 27 bisneto.


Arquivo de Carlos Viganó, resgatado por sua filha Matilde Aparecida Salviato Viganó.

O desgaste natural do tempo, a letra incomparável, a fragilidade na composição da escrita esmerada do maestro, o apreço em buscar a dedicatória a cada composição faz desses cadernos, raros, preciosidade para este espaço.   





Tempo imemoriável... Décadas nos separam dos anos áureos. Mas é a história que clama ser registrada. Ser recontada através das expectadoras.

Matilde teve no pai - Carlos Viganó (seu Lico) o personagem central da música. O gosto pela arte maior das notas, dos compassos, da harmonia.

Inajá o prazer pela história. Sua trajetória com o pai Nelson Martins de Almeida ( historiador de Araras) viria incutir-lhe o prazer pelas linhas do tempo. Não como refém, mas como tecelã de uma nova era. De um novo tempo a ser transmitido às gerações vindouras. Pois como diz Augusto Cury, em seu livro "A fascinante construção do eu", pág. 72, edição 2011:

"Nada mais triste do que ser refém da história 
e nada tão prazeroso quanto ser um construtor de um novo tempo".    






Esta é uma partitura do maestro Schillitler datada de 1944











Caderno da aluna Ana Maria - 1951












Esta valsa é gentilmente dedicada a tia Beatriz.
O cuidado do professor ao transmitir o prazer e o empenho na dedicatória da aluna.








Nesta valsa é o primo Itabajara - filho de Nelson e Dalila - homenageado.

A jovem Ana Maria atentava aos detalhes. Era-lhe primordial engajar-se ao lado romântico do professor que inspirava a tantos.









Aqui outra preciosidade guardada nos porões do tempo.
Os anos 1915 registram o cuidado e zelo de Domingos Viganó - acordionista e pai de Carlos Viganó.






Aos poucos as lembranças vão tecendo colchas de retalhos.

Herdamos de nossos pais. A arte da música. A arte da escrita.

E nos irmanamos a Goethe, quando a dizer:

"O que herdaste de teus pais, adquire, 
para que o possua".

(Goethe, Fausto, primeira parte versos 686-687 in "A arte de escrever de Schopenhauer pág.43)

Herdamos de nossos pais. Adquirimos seus ensinamentos. 
Abstraímos a conduta impoluta ante a música e a história.
Possuímos o gosto de vasculhar memórias. Recontar histórias. Tocar almas amantes.
Artesãs do tempo somos.
A tecer um novo tempo que se conta em cada conta.
É a conta do tempo a fazer conta.

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Arquivo de Matilde Aparecida Salviato Viganó
Registros em foto e postagem de Inajá Martins de Almeida
em 30 de agosto de 2013 - Araras