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quinta-feira, 25 de julho de 2024

ESCOLAS DE MÚSICA EM ARARAS

 

 Incrível podermos acompanhar a história musical em nosso município de Araras, a se repetir.

De um lado, o entusiasta Maestro Francisco Paulo Russo formador de Bandas em terras ararenses, este que vindo da Itália, consigo traz a formação, o conhecimento e, acima de tudo, o fazer música. Ademais, criar curso de música, arregimentar jovens,  formar bandas, conquistar aplausos e títulos, ser notícia onde se apresentasse. 

 De outro lado, a realização, na contemporaneidade, da Escola Livre de Música Carlos Viganó.

Assim, as pesquisas nos levam a encontros. Este com os cadernos do maestro. Deteriorados pelo tempo mas que, consigo puderam trazer subsídios importantes para nós, o que sem dúvida era o intuito do próprio maestro quando registrou para a posteridade, o que nós agradecemos.


1929 - Maestro Francisco Paulo Russo e a criação do curso gratuito de música


O tempo distante, 1929, torna o papel amarelecido, mas o que permanece é a história gerada a partir desse momento, quando é criado o curso gratuito de música.

 Jovens entre 12 e 14 anos, pertencentes ao Grupo Escola Cel Justiniano, eram atraídos à proposta do maestro.

Por sua vez, o prefeito sr. Sylvio Baggio, não media esforços em pról da formação da nova Lira Infantil Carlos Gomes que iniciava ali.

Era a oportunidade dos jovens se exercitarem numa carreira que levaria, alguns, a contemplar títulos, ultrapassar décadas em atividade bandística. 



cadernos do Maestro, contemplam preciosidades de sua jornada entre música e músicos




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Este foi Carlos Viganó - seu Lico - o mais longevo dentro da corporação. Seus oitenta e sete anos de existência lhe permitiu viver música durante 65 anos, conquistar títulos, aplausos. Ser referência.

Seu Lico, soube como nenhum outro interpretar a vocação do maestro Francisco Paulo Russo, tomando para si, além do ensinamento adquirido o zelo para com os colegas, aliás, mais do que simples integrantes de uma corporação, era uma família.   

clique sobre a foto
banda 1935 - última formação pelo Maestro Francisco Paulo Russo


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2003 - Projeto Escola e Banda 

No início de 2003, foi elaborado um projeto para criação da escola e banda, preparado pelo Maestro Marcos Meliski e o músico Walter Favaretto Júnior, e tinha como objetivo a ideia que a Arte Musical contribui positivamente para a formação da personalidade humana, desenvolvendo não apenas mais um de nossos sentidos, mais intensificando e melhorando a percepção de nossa capacidade de comunicação por meio da música.


2009 - Ponto de Cultura 

Em 2009, esse projeto foi selecionado pelo Ministério da Cultura, passando a receber por 3 anos verbas do Projeto Ponto de Cultura.



clique sobre as fotos



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2010 - Escola Livre de Música Carlos Viganó

Em 2010 a Escola começou a funcionar. Carlos Viganó, Seu Lico, fez escola e se tornou a própria Escola


        


 

2010 - BANDA MAESTRO “ALFREDO ALEXANDRE PELEGATTA” - PRIMEIRA APRESENTAÇÃO

 

Em 30 de novembro de 2010, A Banda formada por alunos da Escola de Música Carlos Viganó, realizou seu primeiro concerto   nas   dependências do   Centro Cultural Leny de Oliveira Zurita.

 


A apresentação contou com 45 músicos que começaram a fazer aulas de instrumentos no primeiro semestre de 2010.

 


Divididos em 2 turmas, os 45 integrantes da Banda apresentaram repertório diversificado, que trouxe desde músicas folclóricas brasileiras até clássicos, como um trecho da 9ª. Sinfonia de Beethoven.

 A apresentação teve a regência do Maestro Marco Antonio Meliski, diretor da unidade.

Em discurso, o então presidente da Cooperativa de Música Maestro Francisco Paulo Russo, Adalberto Bento, lembrou que a escola era um antigo projeto da entidade, que só foi viabilizado graças ao projeto Ponto de Cultura.


Ele agradeceu também a presença do público e chamou ao palco Matilde Viganó, filha de Carlos Viganó, para receber homenagem especial dos alunos.






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PORQUE CARLOS VIGANÓ



A Escola de Música “Carlos Viganó” tem o intuito de homenagear este ilustre músico ararense, conhecido carinhosamente com ¨Seu Lico¨que iniciou seus estudos com o Maestro Francisco Paulo Russo e que de forma sempre competente e responsável transmitiu seus conhecimentos musicais até o final da década de 90 do século passado, auxiliando na formação de boa parte dos músicos atuais da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo.






BANDA MAESTRO ALFREDO ALEXANDRE PELLEGATTA

A Banda Maestro Alfredo Alexandre Pellegatta homenageia esse grande músico, maestro e amigo, que na década de 70 do século passado, conseguiu reunir todos os requisitos para formar a excelente Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo.

A Corporação liderada por ¨Seu¨Alfredo, de forma profissional e acima de tudo com respeito ao ser humano, obteve o reconhecimento máximo com o título de Banda Campeã do Brasil em 1977, em concurso realizado em nível nacional em que Araras representou o Estado de São Paulo, após ter conquistado a vitória dentro do Estado.


Na foto, ao centro Maestro Francisco Paulo Russo, do lado esquerdo Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, do lado direito músico e contra-mestre Carlos Viganó - (clique sobre a foto)







 

2017 - Álbum das Bandas de Araras - 136 anos de manifestação musical

A história da Banda pode ser apreciada através do Documentário Histórico do Álbum das Bandas de Araras, autoria do Historiador Nelson Martins de Almeida, o qual contempla 136 anos de manifestação musical em nosso município.

Aqui, focamos a representação das escolas, as quais puderam gerir grande plêiade de músicos, alguns que permanecem na cidade, outros que ganham notoriedade nas capitais e no exterior. 

Assim é que entre 1929 até nossos dias, muita história tem sido escrita. Maestros, músicos e entusiastas da divina música, podem contar seus feitos e nós podemos agrupar alguns registros, sabedoras de que muitos mais ainda estão por vir, por serem escritos. Então vamos lá discorrer sobre nossos apontamentos.


segunda-feira, 18 de março de 2013

MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO - DADOS BIOGRÁFICOS







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Francisco Paulo Russo nasceu em Nápoles, Itália, no dia 21 de Agosto de 1882, filho do escultor, Francisco Paulo Russo e Joana Leonardi Russo. Fez seus estudos de música em Nápoles e Pizo, na Calábria, transferindo-se para o Brasil, em 1898 e escolheu a cidade de Araras para residir. Em 2 de setembro de 1926, inaugurou um curso de piano; fundou e dirigiu diversas corporações musicais, destacando-se a "Lira Infantil Carlos Gomes", fundada em 1928, a qual atuou em várias cidades paulistas. Fundou ainda a Corporação "Pedro Mascagni" e reorganizou em 1913 a Banda "Carlos Gomes", uniformizada e aumentada para trinta músicos. Essa banda foi a mais perfeita que se constituiu em Araras, sendo em sua época, considerada a melhor de todo o interior paulista.


Convidada para as comemorações do Centenário da Independência realizadas em São Paulo, em 1922, portou-se com brilhantismo. Nessa ocasião, participando de um Concurso de Bandas do Centenário da Independência, o maestro Francisco Paulo Russo, conquista para a cidade de Araras magnífica vitória ao obter o 1º lugar na classificação geral, a que concorreram inúmeras bandas.

O povo de Araras, em sinal de reconhecimento à sua dedicação e trabalho, o fertou-lhe uma batuta de ébano e ouro à qual juntou os dizeres: "a preciosa lembrança de uma batuta de fino ébano guarnecida de ouro, da mocidade ararense, representa o carinho e reconhecimento do povo de Araras ao esforçado Maestro que, com sua disciplinada Corporação, colheu os maiores louros na Capital". Foi ainda o Maestro Paulo Russo, fundador e 1º Presidente da Sociedade 21 de Outubro; fundador e 1º Presidente do Centro 1º de Maio, hoje Grêmio Recreativo Ararense; foi ainda proprietário do jornal "Tribuna do Povo", que dirigiu por algum tempo. Compôs várias peças musicais, destacando-se entre elas: o "Hino do Ginásio do Estado da Cidade de Araras", com versos de Salvador J. Moraes; "Alma Ararense" (Saudade de Araras), "Tempo de Mazurca", "Hino do Centro Cultural Ararense" e "Pensamento Religioso", peça dedicada ao Papa Pio XII. Pelos serviços prestados à comunidade ararense, a Câmara Municipal deu a uma das ruas do centro da cidade a denominação de "Francisco Paulo Russo", em justa homenagem àquele que soube ser útil a seus semelhantes, servindo à terra que soube acolhê-lo.
Piano pertencente ao
Maestro Francisco Paulo Russo
Doado ao Teatro por sua neta
Clélia Lagazzi Russo Pastorello



acompanhe fonte biográfica adicional site

BANDAS ATRAVÉS DO TEMPO

1928 - O maestro Francisco Paulo Russo surpreendeu a todos, com a formação dessa composição de músicos, que não poderia chamar de “Bandinha”, só porque seus integrantes eram mirins. Era uma Banda mesmo, já que integrada por 23 elementos que tocavam “como gente grande”.

(texto extraído do "Álbum das Bandas de Araras" – Nelson Martins de Almeida, pág. 32)



1929 - Banda juvenil, Lira Carlos Gomes, organizada pelo Maestro Paulo Russo, apresentou-se em Campinas, Americana e outros




1929 – 107º aniversário da Independência do Brasil

Podemos observar que, com seus atributos valorosos e sábios, manipulando culturalmente a tendência musical dos jovens ararenses, o maestro Francisco Paulo Russo escolhe, de forma magistral, a data do aniversário da Independência para estrear publicamente essa Banda renovada de valores.

A Lira Infantil Carlos Gomes sai às ruas, fazendo alvorada, anunciando a sua inauguração oficial. Os meninos dão conta do recado como se fossem músicos adultos. À noite realizam concerto no Coreto da Praça Barão de Araras.

(texto extraído do "Álbum das Bandas de Araras" – Nelson Martins de Almeida, pág. 32/33)



1935 - Uma das últimas corporações musicais infantis, foi fundada em 1935 pelo maestro Francisco Paulo Russo - foto acima 
Na foto: Mario Brufatto, José Marreta, Wilson Finardi, Waldemar O.Pinto, Francisco Paulo Russo, Esmeraldo Carrocci, Sebastião Marchetti, Arnaldo Baccaro, José Moraes, Antonio Matthiesen, Nelson Assumpção, Antonio de Castro, Maril Silva, Joli Vargas, Ferdinando Ferrarezi, José Davolo, Avelino Bruffato, Ferdinando Zani, José Orfale, Eli Montagnolli e Albino Falavigna 


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

EDEM ORQUESTRA E LIRA CARLOS GOMES


1925 – A EDEM ORQUESTRA


Foto extraída do Álbum de Araras

Dirigida pelo músico ararense Alexandre Evangelista, o qual tinha a flauta por instrumento. Na foto ele aparece ao centro entre as duas senhoritas musicistas. Com o violoncelo está o Totó Torres. Entre suas audições, a Edem Orquestra se ocupava em musicar os intervalos das sessões do Cine Teatro Apolo.

O nome inspirado de Orquestra Éden, lembrando o paraíso terreal de que fala a Bíblia, deixou sua marca nos anais da cidade, na demonstração do elevado nível de sua elite musical.




Este conjunto musical tocava no Edem Cinema de Manoel Cardoso.


na foto: Sebastião José de Souza, Maria Patrocínio, Benedito de Andrade, Primo Salviato, Adriano Lépore Filho, Raul da Luz, Paulino Pires Barbosa e Antonio Caixa.


1928 – A LIRA “CARLOS GOMES”  
Na década de vinte, com a defasagem verificada no elenco da Corporação Musical “Carlos Gomes”, Araras perdia boa parte de seus músicos a procurar novas paragens para aplicar suas atividades de trabalho. Atravessávamos a séria crise ADVINDA DA CLACK DA Bolsa de Nova Iorque, com reflexos negativos em todo o mundo, notadamente no Brasil, onde iria atingir nossa política econômica baseada no café.

Vinha conduzindo a Corporação Musical, desde os idos de 1910, o regente Paulo Russo, elemento inteiramente radicado a terra e dedicado à música, aqui mantendo suas aulas.
Para suprir a falta dos elementos dispersos que haviam desfalcado a Banda, Paulo Russo optou pela preparação de novos elementos, de preferência aos jovens que vinham ascendendo na instrução musical.    

Reuniu então grupo de jovens, a maioria na faixa dos 14 a 16 anos de idade, dando à Corporação o título de Lira Infantil Carlos Gomes.

A 7 de setembro de 1929 – data comemorativa do 107º aniversário da Proclamação da Independência do Brasil, a Lira Infantil Carlos Gomes saiu às ruas, fazendo alvorada. Os músicos tomaram café no hotel de Guerino de Salvi, no antigo Largo do Hospital e à noite, realizaram seu concerto no coreto da Praça Barão de Araras.

Da formação dessa Banda, apenas três músicos remanescentes a 7 de setembro de 1979 comemoram seu cinquentenário de atividades a serviço da música em Araras: Alexandre Pellegata, Carlos Viganó e Montagnolli.


Lira infantil, fundada e dirigida pelo saudoso Maestro Francisco Paulo Russo.
Fez sucesso na época de 1928
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Em 1928, o maestro Francisco Paulo Russo surpreendeu a todos, com a formação dessa composição de músicos, que não se poderia chamar de “Bandinha”, só porque seus integrantes eram mirins. Era uma Banda mesmo, já que integrada por 23 elementos que tocavam “como gente grande”.

Da dedicação do Maestro surgiu uma plêiade de jovens e futuros músicos.


Reestruturada a Corporação passou a se integrar de 21 novos elementos, assim distribuídos em seus instrumentais: 

- João Flabiano, Juca Quintais, Carlos Viganó, Fausto Faggion, Bartolo Marino, clarinetes; 
- Alfredo Alexandre Pellegata, Antoninho Salomão, Armindo Finardi, bombardinos;  
- Laerte Cagnin, trombone; Ary Rocha e Nelson Consentino, pistões; 
- Olímpio Volpe e Lilo Argentão, trombone harmonia; 
- Nelson Rodrigues Bellini e Antonio Martini, trompa; 
- Natalino Montagnolli, Vantin Zaniboni, baixos: 
- Nino Falavigna, Aldo Russo, Mário Terciotti, percussão; 
- Jader Graziano, prato.

1929 – 107º ANIVERSÁRIO INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Manipulando culturalmente a tendência musical dos jovens ararenses, o maestro Francisco Paulo Russo escolheu a data do aniversário da independência, em 1929 (107º) para estrear publicamente esta Banda renovada de valores.

1930 - SARAU NO TEATRO APOLO
Em 20 de setembro, realiza-se no Teatro Apolo, de Araras, um sarau musical em benefício do Hospital São Luiz, em que participa um grupo de alunos de Paulo Russo.

1937 – O JAZZ CACIQUE
O maestro Alfredo Alexandre Pelegatta inicia, em Araras o Jazz Cacique, que se notabilizou por suas atuações abrilhantando os bailes do S.C.Corinthians Paulista, no Parque São Jorge, na capital paulista.

ESCOLA DE MÚSICA
A Comissão de Finanças da Câmara Municipal de Araras, integrada pelos vereadores Benedito Michielin, Jorge Assumpção e Otávio Ruegger, em 15 de junho de 1937, dá parecer favorável à abertura de um crédito de rs. 4:000$000 solicitado pelo prefeito Silvio Bággio, para a aquisição de instrumental para a escola municipal de música, orientada pelo maestro Paulo Russo. A Escola tem a frequência de 40 alunos.