quarta-feira, 11 de setembro de 2013

BANDA MARCIAL FEMININA "MADALENA DE CANOSSA"

O Álbum das Bandas de Araras, traz em sua página 56, matéria sobre a Banda Marcial Femina "Madalena de Canossa" que, num período de sete anos encantou a praça Barão de Araras e municípios vizinhos, com seu toque forte e cadenciado.

A regente Maria Carolina Moraes (Lolita), fora a protagonista dessa banda que, embora o tempo tenha sido desfavorável ao sua continuidade, as páginas desta edição do documentário histórico registra essa passagem.

 























Texto e fotos cedidos por Maria Carolina Moraes (Lolita) para esta edição.

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Lolita - Maria Carolina Moraes atenta à edição entregue à população ararense, em noite de autógrafo aos 26 de agosto de 2017, no amplo salão da Biblioteca Martinico Prado, emociona-se à página 56, ante algumas fotos que registram os anos em que esteve a frente, como regente da Banda Marcial Feminina "Madalena de Canossa)

A foto recuperada da notícia via internet, registra o momento ímpar entre os encontros saudosos, o qual pode ser conferido através do link ...

https://www.youtube.com/watch?v=OOwqJyvlVHo&feature=youtu.be 
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postagem para este blog - Inajá Martins de Almeida



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

OFICINA CARLOS VIGANÓ





ORQUESTRA COPACABANA DE ARARAS

O "Álbum das Bandas de Araras", edição 2017, autoria de Nelson Martins de Almeida, em coautoria de Inajá Martins de Almeida (filha) e Matilde Ap.Salviato Viganó (sobrinha)
documenta que em 1950 Alfredo Alexandre Pelegatta, formava a Jazz Orquestra Copacabana. A foto registra o ano de 1953, abril. Ao centro a acordionista Ana Maria Salviato Viganó, com seu entusiasmo e profissionalismo abrilhantava as apresentações.  







sábado, 4 de maio de 2013

MARCO ANTÔNIO MELISCKI


Marco Antônio Meliscki

Iniciou seu estudos musicais com o maestro Alfredo Pelegatta na cidade de Araras em 1977. Fez o curso de clarineta no Conservatório "Dr. Carlos de Campos'' na cidade de Tatuí -SP. Participou em 1982 como aluno clarinetista do Festival de Inverno de Campos de Jordão. 

Teve aulas com os professores: Luis Gonzaga Carneiro , Brasília DF, Maximo Sanches, São Paulo SP, Sergio Burgani, São Paulo SP, Nivaldo Donegá, São Paulo SP, José Carlos Teixeira, Tatuí SP, Ely Jacob Hessel, Tatuí SP, Nivaldo Orsi, São Paulo SP e William MaColl   - USA.

Participou como aluno regente no ano de 1998, do Festival de Inverno de Campos do Jordão, núcleo Tatuí. Participou também como clarinetista de várias Orquestras Sinfônicas, entre elas das cidades de Ribeirão Preto, Rio Claro, Araraquara e atualmente na cidade de Piracicaba.

Foi músico da Banda Sinfônica da Academia da Força Aérea desde 1984, sempre como 1° clarinetista, e foi o “spalla” desta Banda de 1989 até 2009, nesse mesmo ano assumiu como Regente auxiliar.

Na Corporação Musical "Maestro Francisco Paulo Russo", da cidade de Araras SP, onde iniciou seus estudos, é clarinetista desde 1981.

Trabalhou como professor e regente da Banda Filarmônica Cardeal Leme na cidade de Espírito Santo do Pinhal SP, de 1998 até 2004. 

É o regente da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo da cidade de Araras SP desde maio de 2000.

Fez o curso de regência com o Professor Dario Sotelo no Conservatório Dr. Carlos de Campos na cidade de Tatuí.

Fez da oportunidade de aprender música a sua profissão.

No início era apenas vontade de aprender música e tocar um instrumento, o clarinete foi incentivo de seu pai, Sr. Antonio Meliscki. Com o passar do tempo e o aprendizado avançando, o objetivo então era tocar na “ Banda de Araras”, pois a Banda acabara de ganhar o Campeonato Nacional de Bandas, e tocar nessa Banda era um sonho. No ano de 1981 começou a fazer parte da Banda, primeiramente tocando somente nas procissões, e depois das Retretas e também das viagens que eram frequentes.

Mas os objetivos continuaram, e o clarinete ganhava cada dia mais dedicação. Naquela época havia muitos músicos da Banda Sinfônica da Academia da Força Aérea que também tocavam na Banda de Araras e o objetivo, ou sonho, era entrar para essa grande Banda, pois sempre foi uma das melhores do país, mas para isso precisaria estudar muito mais. Foi 
então em 1982 que fez o teste para disputar uma vaga no Conservatório Dramático e Musical “ Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, pois sempre foi referência musical, não só no Brasil, mas também no exterior. Após aprovação começou no mesmo ano o curso de clarinete no conservatório tão procurado. Foi, senão o primeiro, um dos primeiros ararenses a fazer parte dessa instituição.

No ano seguinte, 1983, ingressou como soldado para Academia da Força Aérea em Pirassununga, pois como o objetivo era prestar concurso para a Banda da Aeronáutica, precisaria obrigatoriamente ser “ Reservista de 1° categoria”, ou seja, ter servido o Exercito, a Marinha ou a Aeronáutica.

No ano de 1984, realiza seu grande sonho, foi aprovado no concurso para Sargento Músico da Academia da Força Aérea, tendo galgado várias promoções. Permaneceu na Aeronáutica durante 30 anos, sendo que já em 1988, com apenas 4 anos de Sargento passou a ser o “Spalla” ( Principal Clarinetista) da Banda Sinfônica. Permaneceu como Spalla até 2009, quando então assumiu como Regente Auxiliar, ficando até 2012, quando encerrou sua carreira ativa nas fileiras das Forças Armadas.

Um exemplo que sempre gosto de passar para os alunos, é que o conhecimento nunca é demais, mas sim uma porta a mais que se abre, podendo ser essa porta o trabalho e o sustento para toda uma vida.

quinta-feira, 21 de março de 2013

MATÉRIA AGREGADA À HISTÓRIA DA BANDA DE ARARAS



captura e montagem: Inajá Martins de Almeida

"Trata-se de um teatro de porte médio elaborado dentro da técnica mais apurada. Para isso organizamos nossa equipe: Hélio Penteado, Hélio Pasta e eu na arquitetura; Promon nos problemas estruturais; Nepomuceno na acústica, Mingrone na luminotécnica; Ripper na cenotécnica; Luís Fernando na ventilação e ar-condicionado; e Afonso Assumpção no controle diário dos problemas arquitetônicos da construção.

Para enriquecer o teatro, convocamos Marianne Peretti e Athos Bulcão, responsáveis pelos dois belos murais previstos no projeto. O teatro deveria atender problemas econômicos mas também, e antes de tudo, constituir um bom exemplo da técnica teatral. Nisso nos procuramos deter, criando à volta da construção uma parede dupla de apoio acústico por onde passam todos os sistemas técnicos, inclusive as circulações internas que uma obra desse gênero exige.

E esta solução se fez tão lógica, tão prática e inovadora que, de hoje em diante, a adotaremos em todos os nossos projetos de teatro.

Dentro desse espaço circular de 36m de diâmetro estudamos o teatro. Na cota -2,30m, independente do teatro, fica um local destinado a congressos, conferências, cursos, etc., provido de um auditório com capacidade para 126 pessoas, salas de reuniões e uma pequena área para a direção do teatro. Um acréscimo no programa que nos foi entregue, útil, utilíssimo, como elemento cultural desta cidade.

Na cota + 1,50m, o foyer, com pequeno espaço para exposições, o subsolo do palco e os camarins.

Na cota + 5,30m fica o teatro propriamente dito, com 466 lugares (o aconselhável para um teatro como este deve ser entre trezentos e seiscentos lugares), palco com abertura de 17m, ligado diretamente à rua por um elevador, permitindo subir à cena qualquer tipo de objeto. Um automóvel, por exemplo.

Apesar de se tratar de obra complexa, o prazo estabelecido para sua conclusão foi de 6 meses, preliminar atendida graças à colaboração permanente dos engenheiros Menendez, Edson, Alcides, Denise, mestre João e dos quatrocentos operários que na obra trabalharam.

O teatro está pronto. Como arquitetura é simples e econômico, evitando grandes painéis de vidro, como suas funções internas sugeriam. Somente na cobertura e na marquise de entrada nos permitimos maior liberdade. A liberdade e a invenção arquitetural a nosso ver indispensáveis." 





A primeira banda do município de Araras foi constituída em 1888 em homenagem a Pedro Mascagni no Bairro do Facão em Araras.

Em 1898 foi criada a Banda Jacózinho regida pelo maestro Jacó Schitler.

Em 1905 o maestro Pusoni criou a Banda Carlos Gomes que passou a ser regida pelo Maestro Francisco Paulo Russo. Essa banda foi considerada a melhor do interior paulista.

Em 1922 participou das comemorações do Centenário da Independência do Brasil em São Paulo. Nessa ocasião o maestro Paulo Russo conquistou o 1º lugar na classificação geral das bandas. Recebeu do povo de Araras uma batuta de ébano e ouro em reconhecimento.

Após 1930 foram maestros Hugo Montanholi, Barbosa de Brito, Benedito de Moraes, Alfredo Pelegatta. Em 1977 a Corporação regida pelo Maestro Alfredo Pelegatta conquistou o 1º lugar no Campeonato Nacional de bandas.

Em 1993 assumiu a Corporação o maestro Luiz Carlos Morgili.

Em 1994 assumiu a Corporação o atual Maestro Marco Antonio Merliski.

Nesse ano a banda foi considerada campeã regional da cidade de São Paulo. Em 96,97,98,99,2000 e 2005 conquistou o 1º lugar no concurso de Bandas “Zequinha de Abreu” em Santa Rita do Passa Quatro.

Marco Antonio Meliski, procura dar continuidade ao excelente nível técnico e artístico que a Corporação sempre foi possuidora. 


terça-feira, 19 de março de 2013

MONUMENTO COMEMORATIVO CAMPEONATO



No dia 15 de agosto de 1980, numa homenagem consagradora do povo ararense, inaugurou-se na Praça Barão de Araras, o Monumento Comemorativo da Conquista do I Campeonato Nacional de Bandas de Música, promovido pela FUNARTE, sob os auspícios do Ministério da Educação e Cultura e realizado no Rio de Janeiro em 1977.

fotos: arquivo particular de Antonio Fuzaro e Beatriz Salviato Fuzaro

O Monumento constituído de uma base de mármore, sustenta uma grande lira estilizada, em bronze, idealizada e esculpida pelo artista plástico Angel Rojo Merino, uma oferta de contribuições particulares, oferecidas poe empresas de Araras. A base em mármore foi uma contribuição da Marmoraria Carrara de Irmãos Vecchin. O movimento para as adesões foi iniciado em abril do corrente ano, pelo comerciante Antonio Fuzaro, presidente da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo.

(dados extraídos do jornal "A Cidade", Araras, 21 de agosto de 1980)






segunda-feira, 18 de março de 2013

BANDAS DE MÚSICA DE ARARAS - PREÂMBULO

A história das bandas de música de Araras ainda está para ser contada em forma documentada e escrita. Aqui apenas sintetizamos o pouco que possuímos como material histórico pesquisado. Não nos move a pretensão de uma história completa, eis que nos faltam maiores dados para a complementação de registros outros, que os homens que estiveram ligados à música em Araras, deixaram de anotar para  o futuro, marcando em traços leves a sua passagem para a posteridade.

Cremos, contudo, que alguma coisa poderá ser dita como subsídios à história da música em Araras, reverenciando a memória daqueles que contribuíram e se destacaram para a cultura da Arte musical de seu povo, sua gente; heróis humildes que fizeram a sua grandeza juntamente no gesto de desprendimento e de amor à Divina Arte.

Este registro, tanto mais se faz preciso, justamente por ter a principal Corporação de Araras assinalado tão grandiloquente feito, o mais alto de toda a sua história de quase um século, dignificando o nome de Araras e do Estado de São Paulo, perante o conceito musical do Brasil, sagrando-se campeã do I Campeonato Nacional de Bandas de Música, num     confronto que empolgou o País, galardão que Araras conquistou com altos méritos, encerrando com chave de ouro o importante certame promovido pelo Ministério da Educação e Cultura, numa iniciativa das mais elogiáveis. E nesta oportunidade estar lançando o seu primeiro LP. 

(artigo de Nelson Martins de Almeida para os jornais "Tribuna do Povo e "A Cidade" - Araras 15 de março de 1979)






MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO - DADOS BIOGRÁFICOS







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Francisco Paulo Russo nasceu em Nápoles, Itália, no dia 21 de Agosto de 1882, filho do escultor, Francisco Paulo Russo e Joana Leonardi Russo. Fez seus estudos de música em Nápoles e Pizo, na Calábria, transferindo-se para o Brasil, em 1898 e escolheu a cidade de Araras para residir. Em 2 de setembro de 1926, inaugurou um curso de piano; fundou e dirigiu diversas corporações musicais, destacando-se a "Lira Infantil Carlos Gomes", fundada em 1928, a qual atuou em várias cidades paulistas. Fundou ainda a Corporação "Pedro Mascagni" e reorganizou em 1913 a Banda "Carlos Gomes", uniformizada e aumentada para trinta músicos. Essa banda foi a mais perfeita que se constituiu em Araras, sendo em sua época, considerada a melhor de todo o interior paulista.


Convidada para as comemorações do Centenário da Independência realizadas em São Paulo, em 1922, portou-se com brilhantismo. Nessa ocasião, participando de um Concurso de Bandas do Centenário da Independência, o maestro Francisco Paulo Russo, conquista para a cidade de Araras magnífica vitória ao obter o 1º lugar na classificação geral, a que concorreram inúmeras bandas.

O povo de Araras, em sinal de reconhecimento à sua dedicação e trabalho, o fertou-lhe uma batuta de ébano e ouro à qual juntou os dizeres: "a preciosa lembrança de uma batuta de fino ébano guarnecida de ouro, da mocidade ararense, representa o carinho e reconhecimento do povo de Araras ao esforçado Maestro que, com sua disciplinada Corporação, colheu os maiores louros na Capital". Foi ainda o Maestro Paulo Russo, fundador e 1º Presidente da Sociedade 21 de Outubro; fundador e 1º Presidente do Centro 1º de Maio, hoje Grêmio Recreativo Ararense; foi ainda proprietário do jornal "Tribuna do Povo", que dirigiu por algum tempo. Compôs várias peças musicais, destacando-se entre elas: o "Hino do Ginásio do Estado da Cidade de Araras", com versos de Salvador J. Moraes; "Alma Ararense" (Saudade de Araras), "Tempo de Mazurca", "Hino do Centro Cultural Ararense" e "Pensamento Religioso", peça dedicada ao Papa Pio XII. Pelos serviços prestados à comunidade ararense, a Câmara Municipal deu a uma das ruas do centro da cidade a denominação de "Francisco Paulo Russo", em justa homenagem àquele que soube ser útil a seus semelhantes, servindo à terra que soube acolhê-lo.
Piano pertencente ao
Maestro Francisco Paulo Russo
Doado ao Teatro por sua neta
Clélia Lagazzi Russo Pastorello



acompanhe fonte biográfica adicional site

AS BANDAS DE ARARAS - CRONOLOGIA

Musicistas que engendraram a história da Divina Arte, em Araras.

XIX / XX - FINAL SÉCULO XIX / INÍCIO SÉCULO XX

Banda de música ararense, famosa no fim do século passado (XIX) e princípio do século presente (XX). Foi a primeira "Carlos Gomes" ararense. Era seu maestro Francisco Puzone. A foto foi tirada no antigo coreto do jardim Público, onde hoje, em novo coreto, a atual banda de música dá seus concertos.
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1905 - BANDA "CARLOS GOMES" 
fotos extraídas do livro "Retratos de Araras Antiga" e Nelson Martins de Almeida,  1953, pág. 76

A Banda "Carlos Gomes" de 1905. Era maestro o sr. Francisco Puzoni. 
Na foto, na frente: da esquerda para a direita: Antônio Caixa, Eugênio Ruegger, Paulo Russo, Guido Batiston, Flora Fischer e Francisco Puzoni.
No meio: José Nestor, Jacob Argenton, Fracisco Dávolo e Ricardo Nascimento.
Atrás: Adriano Lepore Filho (Nuche), Ângelo Cosentino, Atíllio Mazon e Ângelo Francini

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1908 - "PIC-NIC"
foto e dados extraídos do Álbum de Araras - Nelson Martins de Almeida, 1948

Um "pic-niq" que se tornou céblebre quando foi realizado em 1908, o "Carrapatar", sítio existente nas proximidades de Loreto, neste município. Foi organizado por elementos da colonia italiana, a cuja testa se achavam Francisco Paulo Russo e outros


MAESTRO JACOB SCHILITLER

ARARAS O SEU PRIMITIVISMO MUSICAL - Maestro Jacob Schilitler, fundador da 1ª Banda de Música de Araras - 1888


A primeira Banda de Música de Araras data do tempo do Império - 1888. 

O naipe era formado por nove músicos, autênticos maestros.

Na foto, da esquerda para a direita: (sentados) Adão da Luz, Jacob Riffer, Euclides Viterbo, Frederico França; (de pé) Francisco Delphino, Henrique Schilittler, Jacob Schilittler, Sebastião de Freitas e Arthur Viterbo.

(Foto extraída do livro "Retratos de Araras Antiga" autoria de Nelson Martins de Almeida, 1953)

No dia 25 de maio de 1958, com a avançada idade de 84 anos, falece em Araras o consagrada maestro Jacob Schilittler, fundador da primeira banca musical de Araras. Casado com a sra. Umbelina da Rocha Schlitler, deixa a filha adotiva Lucia Dalmazzi, casada com Romeu Dalmazzi.

Compositor, autor de várias peças musicais. Entre elas destaca-se "Rosa do Adro". À marcha fúnebre, também de sua autoria, dá o nome de "Saudade". Antes de falecer pediu que essa música fosse executada a beira de seu túmulo.

Aos 23 de outubro de 1957, falece em Araras, aos 96 anos de idade, a veneranda sra. Catarina Schlitler da Cunha, vi´´uva do sr. Antonio Álvares da Cunha, uma das mais antigas moradoras da cidade. Era irmã do maestro Jacob Schlitler, de Maria S.Pontes, Bárbara Schlitler Xavier, Henrique Schlitler. Deixa filhos: Geny, casada com Gastão Strang, Esmerina, viúva do ex-prefeito de Araras Antonio Alfredo Mathiesen, Tudinha, casada com Roque Chaves, Aparecida, casada com Jader Andrade e Marina Schlitler Cunha. Deixa 13 netos e 27 bisneto.


Arquivo de Carlos Viganó, resgatado por sua filha Matilde Aparecida Salviato Viganó.

O desgaste natural do tempo, a letra incomparável, a fragilidade na composição da escrita esmerada do maestro, o apreço em buscar a dedicatória a cada composição faz desses cadernos, raros, preciosidade para este espaço.   





Tempo imemoriável... Décadas nos separam dos anos áureos. Mas é a história que clama ser registrada. Ser recontada através das expectadoras.

Matilde teve no pai - Carlos Viganó (seu Lico) o personagem central da música. O gosto pela arte maior das notas, dos compassos, da harmonia.

Inajá o prazer pela história. Sua trajetória com o pai Nelson Martins de Almeida ( historiador de Araras) viria incutir-lhe o prazer pelas linhas do tempo. Não como refém, mas como tecelã de uma nova era. De um novo tempo a ser transmitido às gerações vindouras. Pois como diz Augusto Cury, em seu livro "A fascinante construção do eu", pág. 72, edição 2011:

"Nada mais triste do que ser refém da história 
e nada tão prazeroso quanto ser um construtor de um novo tempo".    






Esta é uma partitura do maestro Schillitler datada de 1944











Caderno da aluna Ana Maria - 1951












Esta valsa é gentilmente dedicada a tia Beatriz.
O cuidado do professor ao transmitir o prazer e o empenho na dedicatória da aluna.








Nesta valsa é o primo Itabajara - filho de Nelson e Dalila - homenageado.

A jovem Ana Maria atentava aos detalhes. Era-lhe primordial engajar-se ao lado romântico do professor que inspirava a tantos.









Aqui outra preciosidade guardada nos porões do tempo.
Os anos 1915 registram o cuidado e zelo de Domingos Viganó - acordionista e pai de Carlos Viganó.






Aos poucos as lembranças vão tecendo colchas de retalhos.

Herdamos de nossos pais. A arte da música. A arte da escrita.

E nos irmanamos a Goethe, quando a dizer:

"O que herdaste de teus pais, adquire, 
para que o possua".

(Goethe, Fausto, primeira parte versos 686-687 in "A arte de escrever de Schopenhauer pág.43)

Herdamos de nossos pais. Adquirimos seus ensinamentos. 
Abstraímos a conduta impoluta ante a música e a história.
Possuímos o gosto de vasculhar memórias. Recontar histórias. Tocar almas amantes.
Artesãs do tempo somos.
A tecer um novo tempo que se conta em cada conta.
É a conta do tempo a fazer conta.

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Arquivo de Matilde Aparecida Salviato Viganó
Registros em foto e postagem de Inajá Martins de Almeida
em 30 de agosto de 2013 - Araras